Planejamento Estratégico Pessoal
Mesmo que jamais as tenha escrito ou registrado de alguma forma, você provavelmente já definiu metas. Perder peso, parar de fumar, aumentar os rendimentos, estudar uma língua… Mesmo que simples intenções, não deixam de ser metas.
Você conseguiu cumprir todas as metas que definiu até hoje em sua vida? Por que não?
Deixe-me lhe contar um segredo! Bom, talvez não seja realmente um segredo, mas o fato é que 95% da população mundial simplesmente ignora este fato!
Esses 95% vivem de esperança. Eles esperam que seus negócios deem certo, esperam receber uma promoção e um aumento, esperam que suas dietas funcionem e eles percam peso, esperam que a vida os leve para um lugar próspero e maravilhoso e por aí vai.
Se você é um bom observador, dê uma olhada à sua volta. Esperança não tem levado muita gente a conquistar grandes coisas na vida. O que você acha?
Observe as pessoas que são bem sucedidas. Será que elas tiveram sorte? Será que a vida sorriu para elas e as levou para o topo como em um passe de mágica?
Muitas pessoas baseiam suas vidas em “esperança” e não conseguem nada. Enquanto isso, quem tem ESTRATÉGIAS alcança tudo o que quer e lidera os demais.
Esperança é uma força poderosa que utilizamos quando nada podemos fazer muito para mudar nossa situação, apenas esperamos que tudo dê certo. Mas esperança não é uma estratégia. Se isso é tudo o que você tem, eu sinto muito, mas não é o suficiente para vencer na vida.
Esperança é um sentimento que impulsiona o ser humano quando a incerteza e a impotência dominam a realidade. Nem sempre podemos planejar e controlar tudo à nossa volta – para essas ocasiões (sonhos e intenções), temos a esperança. Para tudo o mais, contudo, é a estratégica e a ação concreta que produzem a realidade.
A filosofia do “deixa a vida me levar” só funciona em filmes de Hollywood. No mundo real, as coisas são diferentes. A vida leva, sim, mas quem disse que ela o levará exatamente para onde você sonha estar?
Um dos piores erros que você pode cometer é acreditar na ilusão de que tudo vai dar certo, que você “um dia” irá realizar seus sonhos…
“Mas as coisas nem sempre saem como a gente planeja…”
Se as experiências em sua vida ainda não lhe mostraram que sem um plano você não chega a lugar algum, olhe em volta.
Uma pulga atrás de sua orelha pode estar lhe falando:
“Mas as coisas nem sempre saem como a gente planeja…”
Sim, nem sempre as coisas acontecem como a gente quer, é verdade. Ao fazer um plano, contudo, você reduz drasticamente a possibilidade de que as coisas não aconteçam como você quer.
O que muitas pessoas não se dão conta é de que um plano AUMENTA consideravelmente as chances de que realmente dê certo. É uma insanidade afastar a ideia de planejamento sem nunca ter planejado estrategicamente na vida baseando-se em preconceitos originados na experiência de sonhar, NÃO PLANEJAR NADA (resoluções de ano novo e “vontades”, sonhos soltos não são sinônimos de planejamento) e ver que as coisas não acontecem! O que eu observo é que a maioria das pessoas que reclama que “planejar não dá certo” porque as coisas nunca acontecem como planejado, nunca de fato planejaram! Então a “experiência” se resume a ter intençõezinhas frouxas que se diluem no tempo, não acontecem e se tornam então “prova” de que planejamento não funciona!
Veja bem: se você não tem metas nem planos, você vive como um barco à deriva. Você tem intenções, tem esperança de que a vida o leve para determinado porto, mas como você tem medo de que as coisas não saiam como o planejado, você não faz nada e continua à deriva. Eventualmente, os ventos o levarão para algum lugar… Mas sem garantia nenhuma de que você vai gostar desse lugar.
Agora, se você tem um plano, você define para onde quer ir, você tem certeza do porto em que deseja chegar. Esse conceito é extremamente simples!
Navegadores o têm aplicado desde que o homem começou a se “aventurar” pelos mares afora, não é mesmo?! Navegadores sabem que as coisas podem dar errado e que a natureza é implacável e imprevisível, no entanto, eles definem que querem chegar em um determinado destino e fazem seus planos de acordo com as exigências da mãe natureza.
A escolha é sua: você prefere deixar a vida levá-lo sem direção e arriscar chegar em lugares onde você não gostaria de estar ou prefere enfrentar as dificuldades, mas chegar onde você deseja?
É importante não se deixar iludir por clichés ilógicos e batidos como o famoso “não adianta planejar a vida porque as melhores coisas acontecem de repente.”
Humm… ok, então vamos lá:
– As piores coisas também ocorrem de repente;
– O fato de que eventos inesperados (positivos ou negativos) podem ocorrer não exclui a necessidade e benefícios de um plano. A maior parte da vida não é constituída por essas ocorrências, mas por rotinas totalmente sob o nosso controle;
– Ninguém planeja a vida inteira nos mínimos detalhes. Tal pensamento é absurdo, logo, não há um “controle” em torno dos acontecimentos da vida que inibiriam a ocorrência de qualquer um desses eventos extremamente positivos. Ou seja, a ausência de planejamento não é uma mandinga para atrair uma vida de aventuras e serendipidades positivas.
A realidade observada é justamente o contrário! Pessoas que não planejam se veem perdidas na vida e acabam dedicando todo o seu tempo apenas para sobreviver, pagar as contas e dar conta do recado. De vez em quando acontece alguma coisa “muito boa”, de vez em quando também acontece algo “muito ruim”…
Pessoas que planejam, por outro lado, mantêm sua rotina diária organizada a fim de alcançarem suas metas. De vez em quando, eventos imprevisíveis (bons ou ruins) ocorrem. Elas lidam com o ocorrido proativamente e logo voltam para seus planos.
Se não planejar fosse o “segredo” para viver uma vida emocionante e fantástica, nós viveríamos em um mundo cheio de pessoas bem sucedidas e felizes. É o caso?!
De fato, a vida da grande maioria das pessoas não é uma montanha russa de altos e baixos imprevisíveis que inibiriam qualquer esforço de planejamento. A realidade é que a vida diária é insossa, pouca coisa diferente acontece, positiva ou negativa. Dentro desse contexto, planejar (e conseguir conquistar as metas) torna-se uma questão de iniciativa pessoal. Quem se dá ao trabalho de se organizar para chegar onde deseja acaba conseguindo abrir uma vantagem competitiva incomparável com relação a quem não planeja e acredita que é a vida quem manda.
Então esqueça os clichês e frases feitas. Pense com lógica e avalie as estatísticas, pense em termos de proporções: o que a maioria das pessoas está fazendo? De acordo com suas próprias observações, o que elas fazem dá certo? Sim? Não? Por quê?
Um dos maiores obstáculos ao planejamento pessoal é a noção de que ele é usado para planejar a vida inteira. Essa noção é incorreta e até certo ponto, ingênua.
Nós planejamos METAS, não a vida toda.
Quando nos referimos a “ter um plano para a vida” para poder planejar o dia a dia, nos referimos à necessidade de se ter um foco, um projeto de vida, uma noção do que realmente você espera alcançar com seus esforços no cotidiano. Isso não é um planejamento minucioso, tampouco uma forma de controlar o incontrolável. É uma linha mestra, uma visão do que você espera da vida “no final das contas”, nada mais, porém, nada menos.
Eu como escritora, por exemplo, planejo a autoria de novos livros. Só escrevo a primeira linha quando já tenho em mãos uma sinopse e um esqueleto completo do conteúdo do livro. Esses dois itens resumem todo um processo de planejamento prévio e me informam ao longo dos próximos meses (ou anos) qual foi a visão que eu havia previamente definido para aquela obra, qual o enfoque e o que exatamente eu devo escrever em cada capítulo. Eu posso planejar a autoria de um livro mesmo que não saiba o que vou fazer ano que vem: o livro vai acontecer, o resto… eu não sei. Não há problema algum em “não saber”. Planejar uma meta ou outra não implica em responsabilidade em definir tudo o mais que você deverá fazer da vida nos próximos anos.
Seguir uma meta sem planejamento é como sair em uma viagem sem rumo. Você pode saber mais ou menos onde quer chegar, mas a confusão se instala quando você sai pela estrada e as coisas começam a acontecer, os obstáculos aparecem e você não faz ideia de como lidar com eles. Aos poucos você vai perdendo as impressões que tinha quando iniciou a viagem. Essas impressões definiam o que você queria realmente com tudo aquilo. Essa diluição das percepções iniciais que informam os motivos que justificam o sonho é uma das fontes da desmotivação. Motivação vem de motivo (por que queremos fazer as coisas?). Quando as razões para seguir um determinado caminho e buscar uma meta já não estão límpidas e claras como no início, começamos a acreditar que aquilo não faz mais sentido e nos desmotivamos.
Muitas pessoas reclamam que não podem planejar pois não têm certeza absoluta do que querem fazer da vida.
Isso não é necessário. Basta que você tenha sonhos. Cada sonho é uma meta. Cada meta é um projeto único.
Você não precisa saber o que quer fazer com o resto de sua vida, apenas que quer conquistar X ou Y. Planeja-se como chegar até lá. Só. Nada de planejar a vida toda nos mínimos detalhes (tal iniciativa seria loucura, perfeccionismo!).
Você pode ter encontrado dificuldades em sua vida até agora, pois você desconhecia técnicas de planejamento. Esse é um conhecimento objetivo. Uma vez que você aprenda como definir metas e planejar, você poderá aplicar esse conhecimento em qualquer área de sua vida e conquistar tudo o que deseja. Essas pessoas bem sucedidas que citam metas e planejamento como razões para o seu sucesso aprenderam técnicas para organizar suas vidas em algum ponto de suas jornadas.
Não podemos comparar o planejamento com habilidades naturais como autoconfiança ou carisma. Ninguém nasce sabendo planejar. Esse é um conhecimento que está à disposição de todos, pronto para ser aplicado e gerar efeitos positivos na vida daqueles que o levarem a sério.
Com quantas opções acima você se identificou?
Muitas pessoas acreditam que seus problemas não têm solução e, satisfeitas com seu “destino cruel”, elas acabam desistindo de tentar encontrar a saída ou ficam andando em círculos tentando encontrar a saída no lugar errado.
Falta de tempo, responsabilidades, estresse, desmotivação, eventos inesperados, perdas ocasionais ocorrem na vida de todo mundo. Dar a volta por cima ou simplesmente saber lidar com as mais diversas situações muitas vezes é questão de ter em mãos o conhecimento certo.
Os inúmeros exemplos de superação e êxito na história nos mostram que não existe obstáculo para quem está disposto a seguir em frente. Muitas pessoas, contudo, desistem por pura falta de conhecimento: elas simplesmente não sabem o que fazer. Quando não temos informação suficiente, nós tiramos conclusões com base em nossos preconceitos, nossas ideias e percepções. Muitas dessas conclusões estão incorretas, mas devido a nossa própria ignorância, não nos damos ao trabalho de investigar e descobrir outra forma de solucionar nossos problemas ou de conquistar o que desejamos.
Dentro desse contexto, muitos preferem se render e permanecer em suas vidinhas pacatas e “seguras”, porém trancadas. O conhecimento em estratégia, planejamento, produtividade e administração do tempo amplia a visão para um enfoque que engloba oportunidades “invisíveis” para aqueles que não se dão ao trabalho de se informar.
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